PF apresenta balanço de apreensão gigante de cocaína no Porto de Suape
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Pastor alemão Nauê, cão farejador da PF, adoeceu após a exposição ao gesso. Imagem: POLICIA FEDERAL/DIVULGACAO |
“Toda nova possibilidade de rota para o traficante é segura. Mas nós estamos investigando sempre, conhecemos esses caminhos e vamos continuar realizando nosso trabalho do mesmo jeito”, salientou. Até ontem, ninguém havia sido responsabilizado pela droga encontrada em meio a um carregamento de 140 toneladas de gesso distribuidas em cinco contêineres. O material chegou ao porto na sexta pela manhã e seria embarcado rumo à África na manhã do domingo. O delegado da PF Nilson Antunes Silva, responsável pela apreensão, informou que as ouvidas deverão começar hoje. “Todos os envolvidos, desde os motoristas que fizeram o transporte dos contêineres até os representantes da empresa de exportação já foram identificados e estão sendo investigados”, comentou. Para ele, o mais importante agora é a individualização das condutas.
A droga apreendida seria oriunda da Colômbia, pelo grau de pureza detectado, e teria sido embalada e disfarçada em meio ao carregamento no polo gesseiro de Araripina. “Sabemos que se trata de uma quadrilha especializada. É crime altamente organizado com custos elevados de falsificação de documentos e outras coisas. Mas ainda não sabemos se eles são pernambucanos. Acreditamos que é algo bem maior”, complementou Nilson Antunes.
Do ponto de vista fiscal, a responsabilidade pela cocaína é da empresa exportadora. “Chegamos até eles devido a uma análise de risco. Percebemos que as quantias declaradas pela empresa eram incompatíveis com a quantidade de mercadoria que estavam transportando. Informamos a PF e fomos fazer a vistoria”, detalhou o superintendente da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes.
A droga estava escondidas em sacos de gesso que continham outros 15 saquinhos menores contendo um quilo de cocaína, cada. O entorpecente foi encontrado pelo cão farejador Nauê, um pastor alemão que adoeceu após o longo tempo de exposição ao pó do gesso e está recebendo atendimento veterinário para se recuperar da alergia intensa. Ainda faltam ser inspecionados 3.470 sacos de gesso que podem conter mais entorpecentes.
Diário de Pernambuco
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