Da Redação do Cabo em Alerta
Terminado o prazo das trocas de legendas, restaram dúvidas e incertezas. No Cabo, a pergunta do momento é: afinal de contas, quais as novas filiações partidárias do Vice-prefeito, Vado da Farmácia, e do Presidente da Câmara, Gessé Valério.
Integrantes da cúpula do PSB dizem que tanto Vado como Gessé entraram no PSB. Tal mudança teria ocorrido sem o aval da direção municipal, que por sinal, teria ficado extremamente contrariada, visto que havia determinação, segundo parlamentar do alto escalão do PSB estadual, de não mais aceitar ninguém.
No entanto, por completa frouxidão da presidência local, aproveitou-se o apagar das luzes dos prazos regimentais, e "abriram" uma janela e foram, portanto, filiados, os dois postulantes à escolha do gestor da cidade.
Por mais que o chefe do executivo insista que não teve seu dedo de indicação, fica evidente tal manobra visando, sobretudo, forçar a barra ou abocanhar possível apoio direto do governador do estado e presidente nacional da legenda, Eduardo Campos, praticamente obrigando-o a subir de qualquer jeito no palanque do candidato de Cabral.
Toda manipulação seria uma espécie de contra-ataque às frequentes cenas de troca de figurinhas entre o governador e a principal liderança tucana, o deputado federal Sérgio Guerra. Fonte governista tem dito que o que mais se teme seria uma eventual aproximação ou até mesmo apoio do governador ao tucanato cabense. É como se fosse a certeza de uma derrota anunciada.
A estratégia, ainda segundo cacife pesebista, já aniquilou as pretensões de dois postulantes, visto que o sobrinho de Lula Cabral, Abel Neto, Vado e Gesse estão na mesma sigla mas só um poderá ser o ungido no enigmático dia 14 de janeiro, as 14h e 14 minutos.
Todo esse cenário de total fragmentação e desorganização da chamada base aliada cabralista gerou um grande desconforto por parte de vários vereadores em relação ao tratamento dado pelo prefeito aos aliados da Câmara. Alguns deles comentam entre as quatro paredes de seus gabinetes, que estão inseguros quanto ao futuro e em que condições vão disputar o mandato. O sentimento de "perder a oia" tem deixado alguns vereadores com surtos de insônia, que nem mesmo caixas de lexotan parecem resolver.
Enquanto isso, um outro movimento se avista ante o risco de Vado da Farmácia não for laureado com a tão sonhada escolha para ser "o cara" do prefeito da cidade. Simpatizantes do vice já estariam planejando uma debandada para outros galhos como sinal de protesto e represália pelo possível "cai fora". O tal presságio se dá por conta da "já praticamente confirmada" indicação do nome de "cabralzinho", como é tratado Abel Neto entre os mais íntimos.
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