segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Comerciante é executado em praça pública no Cabo

Fonte: Flha Digital


Vítima foi atingida por quatro tiros, sendo dois no pescoço

Mistérios rondam o homicídio de um comerciante, ocorrido na noite do último sábado, no bairro da Charneca, no município do Cabo. Edvan Alexandrino Sobral, 45 anos, foi assassinado na rua da Alvorada, ao lado da Escola Modelo Padre Antônio Melo Costa, por volta das 19h. Ele foi atingido por quatro tiros no pescoço e dois no ombro. Testemunhas contaram que dois homens em uma moto teriam sido os responsáveis pelo crime, que aconteceu próximo a uma praça bastante movimentada e a um posto da PM. Na fuga, os suspeitos teriam disparado para cima.

Edvan foi abordado após ter saído de um espetinho na praça e se dirigir ao seu carro, estacionado próximo à escola pública. Segundo o perito papiloscopista do Instituto de Identificação Tavares Buril (IITB), Alcenir Batista, a vítima, certamente, foi alvejada de lado, pe­­­la posição em que foi encontrada. “Ele foi atingido a uma distância de três metros. Os disparos foram muito precisos, muito perto um do outro. Quem atirou sabia o que estava fazendo”, pontuou. Próximo ao corpo foi encontrada uma cápsula de arma de fogo, provavelmente de uma pistola 380. O carro da vítima, um Fiesta cinza, quatro portas, de placa do Cabo de Santo Agostinho, KHR-4975, não foi acertado por nenhum disparo. Além da vítima fatal, ninguém ficou ferido.

Um irmão do comerciante assassinado contou à polícia que ele não tinha inimizades e era uma pessoa benquista pelos conhecidos. Edvan era dono de um comércio onde vendia castanhas, localizado na PE-60, próximo a um posto da Polícia Rodoviária em Gaibu. “O irmão dele nos contou que, há alguns meses, tocaram fogo nesse comércio umas duas vezes, mas não foi descoberto quem teria feito isso e a motivação. Acreditam que tenha sido alguém motivado por inveja”, contou o agente da Força Tarefa Sul do DHPP, Adelson Rodrigues. Edvan, morava com uma mulher na rua 20 e todo o seu patrimônio, incluindo a casa onde residia e o carro encontrado perto dele, foi fruto da venda de castanhas.

Enquanto os peritos e a polícia faziam os seus trabalhos, uma ex-mulher de Edvan, que não se identificou, esteve no local bastante abalada. Em meio ao choro inconsolável, ela dizia que sempre o aconselhou a não fazer algo enquanto eram casados, mas não especificou o que. “Todos afirmam que ele era uma pessoa benquista, que nunca se meteu em nenhum tipo de confusão. Contudo, não levaram nenhum pertence dele, o carro está intacto. Por isso descartamos a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte. Para nós ainda é um mistério o que teria causado essa morte”.

Na calçada funcionava um barraca onde eram vendidos espetinhos. Próximo ao corpo foram encontradas lâmpadas, vassoura e varetas do comércio ambulante. A dona do negócio foi rapidamente localizada pela polícia e será intimada para pres­­tar depoimento. Inicialmente, ela contou aos agentes do DHPP que não conseguiu ver quem teria efetuado os tiros contra a vítima.



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