O encontro foi organizado pela própria comunidade e teve o objetivo de discutir os principais problemas que comprometem a qualidade de vida dos que residem no local.Por Chárleston Noronha
Moradores da Cidade Garapu e representantes do Movimento de Luta e Resistência Popular (MLRP), que recentemente ocuparam uma área nas proximidades, participaram de uma reunião na noite do último sábado (01/04) para discutir assuntos de interesse do bairro. A comunidade ficou indignada com a ausência de representantes da prefeitura do Cabo de Santo Agostinho que confirmaram presença, mas não compareceram. A única autoridade municipal que esteve presente foi o Vereador Ricardinho (PPS) que ouviu atentamente as reivindicações dos cidadãos.
Um dos assuntos abordados foi a precária situação em que se encontra parte do anel viário local. Os moradores estão preocupados com os enormes buracos existentes na Av. Júlio Araújo e em suas transversais. Segundo eles as vias não possuem calçamento e estão muito esburacadas. “Daqui a pouco nós vamos ficar sem transporte, pois os ônibus já estão trafegando com muita dificuldade por aqui”, disse João Marques que reside no local há 11 anos.
Os moradores dizem ainda que a situação das ruas compromete ainda a circulação das viaturas policiais e que o período de chuvas que está por vir vai piorar ainda mais a situação. "Se nada for feito até o período chuvoso nós ficaremos isolados", afirmou João Marques.
Em seu discurso o Vereador Ricardinho prometeu cobrar soluções a prefeitura e sugeriu a realização do projeto Câmara itinerante na localidade. "Seria uma oportunidade muito rica, pois dessa forma todo o poder legislativo iria cobrar providências ao governo municipal depois de uma importante discussão com a própria comunidade", explicou.
Já os moradores do Movimento de Luta e Resistência Popular exigiram moradias dignas e pediram cestas básicas para algumas famílias que estão passando por necessidades. “A nossa constituição diz que todo o cidadão brasileiro tem direito a serviços de saúde, educação, segurança e moradia”, afirmou o coordenador do MLRP, Eudis Ribeiro.
O grupo explicou que invadiu o local para pressionar o governo a criar políticas de habitação que venham atender a todos aqueles que não têm condições de comprar uma casa. As famílias prometeram desocupar o local quando receber uma resposta positiva sobre o assunto por parte da prefeitura.
O Vereador Ricardinho disse que vai levar as reivindicações do movimento ao poder executivo e que vai solicitar à secretaria de programas Sociais uma visita no local.
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