O empresário Bartolomeu José Manso Lins morreu na noite deste domingo, 16, aos 53 anos. Estava internado há 12 dias no hospital Alfa, em Boa Viagem, quando se trataria de uma isquemia (interrupção do fluxo sanguíneo numa determinada artéria) numa das pernas.
Devido a complicações, teve uma grave hemorragia interna, chegando a ser acometida de um choque hipovolêmico (perda de grandes quantidades de sangue e líquidos, fazendo com que o coração fique incapaz de fornecer sangue suficiente para o corpo devido a perda de sangue e falta de nutrientes).
“Bartô”, como era popularmente chamado, atuou como presidente da Associação Comercial e Empresarial do Cabo (Acec), por dois mandatos, tendo papel de destaque como coordenador da Fenoc, a Feira de Negócios da Acec, em 2006. Também foi diretor da Acec, conselheiro — onde participava ativamente do movimento. Será lembrado como o fundador da CDL Cabo.
Natural de Rio Formoso, Bartô foi secretário executivo de Indústria, Comércio e Promoção ao Trabalho na gestão do então prefeito Elias Gomes, de 2003 a 2004.
Deixa sua esposa, Adélia Manso, e seus três filhos, Eduardo, Marcela e Bartolomeu Jr, este último conseguiu tomar vôo dos Estados Unidos, onde estava em lua de mel, para retornar e dar o último adeus ao pai. O enterro está previsto para 11h desta terça-feira, no cemitério São José, centro do Cabo.
Missa
Uma bandeira do movimento EJC (Encontro de Jovens com Cristo) cobria o caixão com o corpo de Bartô durante a missa de corpo presente realizada na tarde desta segunda-feira, na Igreja Matriz de Santo Antônio. Presidida pelo monsenhor Josivaldo Bezerra — concelebrada pelos padres Severino e Valdir — a igreja esteve lotada com a presença de muitos paroquianos, integrantes de pastorais e movimentos da igreja.
Como era um dos atuantes coordenadores do EJC, a família de Bartô recebeu homenagens de integrantes de vários EJC. Emocionados, vários jovens levaram botões de rosas brancas e se abraçavam longamente com os parentes.
Testemunhos
Num dos momentos de maior emoção, o filho mais velhos, Eduardo Lins, falou do púlpito, agradecendo a presença do grande público. E relatou várias virtudes do pai. “Meu pai é um vencedor. Nunca quis acumular riquezas aqui, mas sempre lutou para garantir conforto à família. Meu pai combateu o bom combate, terminou a corrida e guardou a fé, que será vista aqui pelas obras deixadas por ele”, disse Eduardo, com vários momentos embargando a voz, tomado pela forte emoção.
Por fim, Eduardo disse: “Eu amo e vou continuar amando você“.
O empresário do grupo Arco-Íris, Edvaldo Guilherme, também fez declarações sobre o amigo. “Mesmo diante de muitas dificuldades, Bartolomeu nos ensinou a enfrentá-las, superá-las. Ele nunca desanimava. Ele era de agir sempre e repetia que ´Deus nos quer sorrindo´ e nunca baixar a cabeça”, lembrou Vado do Arco-Íris.
Opiniões
“Infelizmente perdemos um dos maiores contribuidores para o desenvolvimento do comércio no Cabo de Santo Agostinho, meu amigo Barto. É uma notícia muito triste para mim, que convivi pouco, mas o suficiente para entender que associativismo se faz com o coraçao, e o amor com o qual tratava sua família! Foi um exemplo de ser humano. Perdemos um grande homem. Sentimentos a todos os seus familiares”, escreveu há pouco, no seu facebook, o empresário e presidente da CDL Cabo, Paulo Moshe Caminha.
O jornalista e repórter esportivo da Clube AM, Bruno Reis, no seu twitter, lembra que trabalhou junto com Bartolomeu Manso durante 2 anos na ACEC. “Era meu vizinho. A Adélia, Eduardo, Jr e Marcela, os meus sentimentos”, lamenta ele.
O acadêmico e escritor da Academia Cabense de Letras, Antonino Oliveira, sente “demais a sua morte”. “era uma pessoa séria e um bom amigo. Prestou serviços incontáveis na Associação Comercial e outras entidades. Um cristão que se vai”, escreveu Oliveira no FB.
O funcionário público e amigo de “Bartô”, Isaias Jr, o Babalu, destaca que “Bartolomeu era um homem exemplar, um homem que valorizava as amizades, íntegro, honrado.”
Outros depoimentos:
Para Betinho Gomes, Bartolomeu Manso era um “cidadão exemplar, apaixonado pelo Cabo”
“Bartolomeu Manso, um homem completamente disciplinado”, afirma Inaldo Campelo
“Cabo perde um grande homem”, diz Júlio Cesar Côrrea
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