quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mais um contêiner suspeito em Suape

 
                                                                                     
As transações da empresa que importou o contêiner repleto de lixo hospitalar trazido dos Estados Unidos para Pernambuco estão sendo investigadas. Mais um contêiner importado pela companhia foi localizado na noite da última terça-feira. Sua entrega foi bloqueada e seu conteúdo será analisado hoje, a partir das 9h, por equipes da Receita Federal e da Anvisa. Esse é o oitavo contêiner importado pela companhia só neste ano. Os primeiros seis entraram no país sem passar por inspeção. O nome da empresa deve ser revelado hoje. Até ontem à noite, as informações eram de que ela é antiga no ramo de confecções e está localizada em Santa Cruz  do Capibaribe.                                                           

O novo contêiner, que chegou a Suape há cerca de      cinco dias, também saiu do porto de Charleston, nos    Estados Unidos. Ele foi exportado pela mesma empresa que embarcou o outro contêiner para Suape. Em uma das fotos feitas pela Receita Federal da carga ilegal descoberta na última terça feira, é possível ler o nome do Hospittal Central Services Cooperative em um dos lençóis sujos. Também havia seringas, drenos e cateteres, totalizando 23 toneladas de lixo hospitalar infectado.

Só nesse primeiro carregamento descoberto, a importadora violou três legislações sanitárias: as resoluções (RDCs) 56 e 306, que tratam de boas práticas na gestão de resíduos e de resíduos de serviços de saúde, respectivamente, e a lei federal 12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A empresa também incorreu no crime de contrabando. Na documentação do contêiner havia a informação de que a carga era de tecidos limpos com defeitos.

Hoje, o Ministério Público Federal, o Ibama e a Polícia Federal serão convocados a entrar nas investigações. O inspetor-chefe da Alfândega em Suape, Carlos Eduardo Oliveira, acredita que a Interpol entrará no caso. Ele também cogita procurar o Consulado Americano no Brasil. Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária em Portos e Aeroportos de Pernambuco, Karla Baeta, a visita de hoje ao porto também servirá para tentar rastrear outros contêineres importados pela mesma empresa. A Anvisa e a Receita Federal vão levantar os dados referentes às seis primeiras cargas trazidas neste ano, o que pode demandar investigação no endereço de recebimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário