Quem mora ou visita o lugar tem que conviver com o mau cheiro do esgoto, que se espalha pela areia da praia e desemboca no mar; donos de hotéis e pousadas lamentam os prejuízos
Da Redação do pe360graus.com
Moradores e turistas se queixam da conservação das ruas em Gaibu
A falta de saneamento tem espantando os turistas de uma das praias mais belas do Litoral pernambucano: a praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho. O esgoto toma conta das principais ruas e os buracos dão as boas vindas aos motoristas que chegam à avenida, que deveria dar acesso a um cartão de visita.
O descaso com as ruas principais se repete em toda a cidade. A rua dos Lírios, no Centro de Gaibu, não é asfaltada e o cheiro insuportável do esgoto revolta os moradores. “A situação é muito desagradável, deixa a desejar. A gente corre o risco de se contaminar, não existe nenhum controle na região”, afirma.
Os grandes buracos fazem vítimas, como uma Kombi escolar, que ficou presa e só conseguiu seguir viagem depois de uma ajudinha. O pedreiro Antônio Alves de Sena teve um prejuízo ainda maior. O eixo da roda quebrou por causa de um buraco. “Não tem carro que aguente isso. A gente paga IPTU, paga tudo, e é essa desgraça no meio da rua”, desabafa.
Paulo Pimentel (foto 6), gerente de um hotel na região, conta que os hóspedes preferem outras pousadas, porque o percurso até lá é difícil. Ele explica que, para diminuir o prejuízo das desistências, pagou cerca de R$ 5 mil e uma máquina ajeitou as ruas da vizinhança.
“Além do prejuízo de você procurar manter a conservação das ruas, que isso seria serviço da prefeitura, nosso prejuízo maior é perder o turista, as empresas. Ele deixa de ser hospedar aqui no nosso hotel por conta desse acesso que temos hoje”, lamenta Paulo Pimentel.
Um rio onde os moradores costumavam pescar virou depósito de poluição. Depois de uma longa pesquisa, o biólogo Luiz Carlos Alves, pesquisador da Fiocruz, chegou a uma conclusão preocupante: o esgoto não destruiu apenas o rio. Ele se espalha pela areia de Gaibu e vai até o mar. Como se não bastasse o canal, ainda tem as bocas de lobo, que não suportam tanta água e transbordam.
“O sistema de saneamento, que é de fossa, não suportou mais. Principalmente com a demanda de Suape, que aumentou em 200% a população de Gaibu. A fossa não foi suficiente e as pessoas estão lançando mais detritos no canal”, explica o pesquisador.
Quem mora ou visita o lugar tem que conviver com essa situação. Mércia Rodrigues (foto 7), dona de uma mercearia, não suporta mais perder clientes. Está difícil administrar tanto prejuízo: “Qual o cliente que vem aqui nos visitar, com esse cheiro terrível e com essa água podre? Ninguém vem. Todos nós saímos prejudicados. Tanto os bares quanto a comunidade, que também está sofrendo por conta disso”.
PROVIDÊNCIAS
A atual situação de Gaibu é fruto de uma série de problemas antigos e de responsabilidade de vários órgãos. A PE-28, por exemplo, que dá acesso à praia, faz parte do pacote de estradas que vão ser recuperadas pelo Governo do Estado. O Departamento de Estradas e Rodagens (DER) afirmou, em nota, que será feito um serviço paliativo na rodovia, na próxima semana, e que deve ser concluído em 10 dias.
Já a Compesa, responsável pelo sistema de esgoto, afirma que uma grande obra de saneamento no local deve entrar em sua última etapa no mês de novembro. O serviço, que vai fazer a ligação das casas até a rede central de esgoto, ficará concluído em fevereiro de 2011, segundo a Companhia.
De acordo com o secretário de Serviços Públicos do Cabo, Raimundo Sousa (foto 5), garante que várias ruas já estão no cronograma do Orçamento Participativo e as obras de pavimentação devem começar na próxima semana. “O verão chegou e nós vamos começar a recuperar essas ruas, provavelmente na semana que vem. Mas não só depende da prefeitura, depende também da colaboração da Compesa”, diz. “Em torno de 180 dias nós vamos concluir todo esse serviço”.
A revitalização do canal, da praça, da rua principal - a Lara Cavalcanti - e da orla de Gaibu deve ser finalizada em junho de 2012. É o que afirma o engenheiro da Secretaria de Infraestrutura do Cabo, Carlos Eduardo. Segundo ele, um problema na licitação causou o atraso: “A empresa já estava contratada, mas desistiu. O novo processo licitatório deve durar em torno de dois meses. Então em 30 de junho devemos fazer o encerramento da obra”.

O Prefeito do Cabo governa de costas para o povo.
ResponderExcluirQuando as coisas vão bem, foi ele que fez. Quando não dar certo o prefeito sempre culpra alguem. A ponte na linha férrea de aceso vila Mocambo com Santo Inácio, que faz quase 06 meses que caiu, ele culpa a METROREC, e em todo todo este tempo o povp sendo penalizado. Se os homens deste governo são os melhores que o Cabo pode ter, pobre do povo.