quinta-feira, 7 de julho de 2011

Compras mais caras no Cabo


TÉRCIO AMARAL

Recife, quinta-feira, 7 de julho de 2011
Pesquisa do Procon mostra que cesta custa R$ 231 no município. Mesmo assim, preços recuaram na RMR
É uma regra de mercado: quando aumenta a demanda e diminui a oferta, sobe o valor do produto. Esta receita parece que chegou ao município do Cabo de Santo Agostinho, pelo menos no quesito compras em supermercados. Segundo a pesquisa do preço da cesta básica na Região Metropolitana e interior, do Programa de Orientação e Proteção do Consumidor (Procon-PE), a cidade vizinha do Complexo Industrial de Suape tem a cesta básica mais cara do estado. Apesar da relativa queda em 3,4% ao mês anterior, o valor dos produtos mensais utilizados por uma família no Cabo ficou em R$ 231 no mês de junho.

“Este valor é 8,9% maior do que as compras realizadas em Vitória do Santo Antão, onde a cesta é a mais barata”, destaca a gerente de fiscalização do Procon-PE, Solange Ramalho. Segundo ela, um dos fatores para este aumento no Cabo se deve à tímida presença de diversas redes de mercados na região de Suape e ao aumento do poder de compra do consumidor local.

A pesquisa também revelou uma leve queda no preço da cesta básica em diversas regiões do estado. Na Região Metropolitana do Recife, por exemplo, o valor das compras mensais de uma família de quatro integrantes, sendo dois adultos e duas crianças, ficou por R$ 226. Neste caso, a redução foi de 0,52% em relação ao mês de maio deste ano. Entre os produtos que promoveram a queda dos preços estão o quilo do frango resfriado, com 8%, e da charque de segunda, com 5,2%.

A empregada doméstica Eliane Maria de Souza, de 33 anos, sentiu a redução do preço do frango congelado e afirmou que este produto, geralmente, não sofre alterações de preços durante o ano. “Quando eu vejo que um produto está caro num mercado, procuro o mesmo em outro. Gasto em torno de R$ 200 em compras por mês. Esta economia se deve à manobra nos mercadinhos de bairro por onde moro, lá no Cordeiro”, conta.

O levantamento do Procon-PE alerta, justamente, para um ponto decisivo ao consumidor: a pesquisa de mercado. Na RMR, por exemplo, o preço de um creme dental pode variar em 222%, de R$ 0,90 a R$ 2,90. “Isso depende exclusivamente do fornecedor. Ou seja, um determinado ponto é livre para cobrar o valor que bem entende. Cabe ao consumidor tentar pesquisar antes estes preços”, alerta Solange.

O Procon também revelou o impacto da cesta básica no salário do trabalhador. Em Vitória de Santo Antão, o custo foi o menor do estado, de 38,94%. No Cabo, foi o maior, com 42,42% nas compras. Em Caruaru e na RMR, foi de 40,34% e 41,64%, respectivamente.

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