quarta-feira, 25 de setembro de 2013

TSE aprova registro de Solidariedade e Pros; número de partidos sobe a 32

Com o registro, Solidariedade e Pros podem disputar a eleição de 2014, na qual serão escolhidos o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais --distritais no caso do Distrito Federal.
 
A legislação eleitoral permite que políticos de outras siglas migrem para os partidos novos sem que, com a mudança, percam seus mandatos, ao contrário do que ocorreria caso se filiassem a siglas já existentes.
 
O Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, busca ter a mesma sorte do Pros e do Solidariedade. Os militantes da organização correm contra o tempo para conseguir coletar as assinaturas necessárias para o registro nacional. O prazo para o registro termina em 5 de outubro próximo, um ano antes das eleições de 2014. Até lá, o TSE realizará mais três sessões.
 
Pros propõe imposto nacional
 
A relatora do processo do Pros, ministra Laurita Vaz, deferiu o registro do partido e foi seguida Dias Toffoli e Cármen Lúcia, presidente do TSE. Os ministros Castro Meira e Gilmar Mendes já haviam se manifestado a favor do registro. Luciana Lóssio e Henrique Neves divergiram da relatora e pediram que fossem realizadas diligências para checar as certidões dos cartórios eleitorais antes de aprovar o registro.
 
Lóssio afirmou que detectou suspeitas de irregularidades no registro das assinaturas em vários cartórios eleitorais, em especial assinaturas em duplicidade. Um dos casos citados pela ministra diz respeito a uma mesma assinatura que apareceu em sete certidões. Toffoli rebateu a magistrada e disse que é preciso valorizar e confiar no trabalho dos servidores da Justiça Eleitoral. Em seu voto, a relatora afirmou que as dúvidas sobre a autenticidade das rubricas foram sanadas pelo Pros.
 
Antes mesmo de ter o registro aprovado, o Pros já tinha diretório nacional, site, programa e até hino. O partido diz que foi gestado há quatro anos, quando seus fundadores viram na criação da sigla a melhor forma de resolverem os "problemas, injustiças e desordens da nação". 
 
A principal proposta da legenda é a redução dos impostos. Em seguida, aparecem o combate à corrupção, ao desemprego e à desigualdade social. O Pros propõe a criação do Imposto Único Federal (IUF) para reunir tributos municipais, estaduais e federais.
 
Para 2014, a legenda almeja contar com cinco candidatos a governador e eleger ao menos 20 deputados federais. Entre os parlamentares cotados para migrar à sigla estão Ademir Camilo (PSD-MG), Henrique Oliveira (PR-AM), Major Fábio (DEM-PB) --que pretendem disputar os governos do Amazonas e da Paraíba, respectivamente--, Izalci Lucas (PSDB-DF), Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e Salvador Zimbaldi (PDT-SP).
 
O presidente do Pros é Euripedes Gomes de Macedo Junior, que já foi filiado ao PSL de Goiás. Especula-se que o novo partido possa atrair os irmãos Cid e Ciro Gomes, ambos do PSB, insatisfeitos com a possível candidatura de Eduardo Campos à Presidência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário